LAGOINHA DO LESTE
A Lagoinha do Leste é a praia mais selvagem da Ilha de Santa Catarina, com acesso somente por trilhas e, quando as condições de navegação permitem, por mar.
As águas são limpas e cristalinas, com ondas bravias e forte arrebentação por conta do mar aberto. A areia é clara e fina – com largura que varia entre dez e 120 metros.
Praia, costões, lagoa, cachoeira e mata nativa. Esses ingredientes estão todos juntos na Lagoinha do Leste, que esconde seu encanto entre os morros do Sul da Ilha de Santa Catarina.
COMO CHEGAR A LAGOINHA DO LESTE
Querer chegar de carro a Praia Lagoinha do Leste é impossível, não há estrada. Entretanto, há três modos de se chegar à praia, por duas trilhas e por barco, sendo a que a melhor maneira de chegar é a pé por trilha.
Há duas opções de trilha, cada uma com suas vantagens. A trilha mais curta, que dura uns 45 minutos de caminhada, sai um pouco antes da praia do Pântano do Sul e envolve uma subida íngreme, tanto na ida quanto na volta.
Já a trilha mais longa, que tem inicio no costão direito da Praia do Matadeiro, leva 3 horas de caminha, porém é a mais plana.
A terceira via é o acesso por mar, mas o desembarque é precário, por conta da rebentação. Essa opção é mais frequente durante a temporada de verão, quando os barqueiros ficam de plantão na Praia do Matadeiro e na praia Pântano do Sul para oferecer o transporte com hora marcada para voltar.
Como o trecho é curto, as embarcações costumam levar cerca de quinze minutos para cumprir o trajeto.
PARQUE MUNICIPAL DA LAGOINHA DO LESTE
Criado em 1992, por intermédio da Lei Municipal nº 3.701/92 e Decreto Municipal nº 8.701, o Parque Municipal Lagoinha do Leste ocupa uma área de 789,26 hectares e tem como objetivo salvaguardar a paisagem natural, a fauna e a flora e proteger o manancial hídrico da Bacia Hidrográfica da Lagoinha do Leste.
Os pouco mais de 680 metros de faixa de areia está cercado por costões, mata nativa, lagoa, cachoeira e mar aberto. É um dos últimos pontos de Mata Atlântica ainda preservados em Florianópolis.
A lagoa que nomeia o local é formada pelo deságue de rios de que se formam no íngreme morro do Matadeiro, as águas correm até uma enseada e constituem a lagoa de estuário. Outros pequenos córregos que nascem no meio da mata também correm em direção à lagoa, com a ocorrência de pequenas cachoeiras. Esta lagoa de água doce que segue por um rio até desembocar no mar, faz com que a água do mar alterne entre doce e salgada.
Uma característica mágica da Praia da Lagoinha do Leste é que, em algumas raras ocasiões, plânctons bioluminescentes (ou popularmente chamada de algas fosforescentes) fazem a água brilhar mesmo à noite.
Mas, a Praia Lagoinha do Leste também enfrenta ameaças provocadas pelo turismo de massa com o acúmulo de lixo em vários pontos do parque e o corte de árvores pelos visitantes; caça de animais silvestres; construção de moradias; falta de manutenção das trilhas; comércio ilegal na praia; e, devido à dificuldade de acesso, o local tem se tornado refúgio de fugitivos da polícia.
UM POUCO DE HISTÓRIA:
Devido a dificuldade de acesso, a ocupação humana na região sempre foi escassa. Nunca foram encontrados sítios arqueológicos que demonstrem a presença perene de grupamentos humanos no período pré-colonial.
A partir da migração de açorianos e madeirenses para o litoral catarinense no século XVIII, grupos de pescadores da região do Pântano do Sul passaram a utiliza-la esporadicamente, mas nunca chegou a receber uma ocupação definitiva, tendo sempre a atmosfera de praia deserta.
Em 1992, pela lei nº 3701, a região foi classificada como área de preservação permanente e por isso não é permitido construir casas, comércio ou estradas.
Características da Praia:
Extensão: 680 metros.
Largura da Faixa de Areia: Entre 10 a 120 metros.
Distância do Centro de Floripa: 24 km (até a Praia do Matadeiro + 3 horas de caminhada por trilha plana) ou 26 km (até o Pântano do Sul + 45 minutos de caminhada por trilha com trecho íngreme)