LAGOA DO PERI
A Praia da Lagoa do Peri é uma praia lacustre, ou seja, de água doce. Entre as dezenas de praias da região, ela se destaca por suas características únicas. Seu espelho d’água tem mais de 5 km² de extensão, sendo uma excelente opção para banho ou lazer. O fundo da lagoa tem um declive suave, com apenas 11 metros no ponto de maior profundidade.
Suas margens são formadas por praias de areia amarelada, pedras e vegetação aquática. No verão, a lagoa é bastante frequentada por banhistas que buscam um recanto mais calmo e rico em sombras, onde ainda se pode observar diversos pássaros. A Lagoa está dentro da área do Parque Municipal da Lagoa do Peri, uma reserva biológica preservada como patrimônio natural municipal. A entrada é gratuita.
Onde Comer e Dormir na Lagoa do Peri?
Na região, não há muitas opções para refeição. Dentro do parque, há somente um restaurante-bar. A maior parte dos visitantes leva sua própria comida. Existem várias mesas para fazer um piquenique em família. Entretanto, não é permitido fazer churrascos ou fogueiras.
Não existem opções de hospedagem na própria Lagoa do Peri. É ideal hospedar-se em alguma praia próxima, como Campeche, Morro das Pedras ou Armação.
O Parque Municipal da Lagoa do Peri

Parque Municipal da Lagoa do Peri
A Lagoa do Peri foi tombada como Patrimônio Natural pelo Decreto Municipal nº 1828. Sua área abrange 2.030 hectares de unidade de conservação e 20,3 km² de bacia hidrográfica, sob a jurisdição da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram).
O tombamento teve como objetivo principal proteger o manancial hídrico, a fauna, a flora e a paisagem. Este é um dos principais ecossistemas em estágio de preservação e regeneração da Mata Atlântica original da região. Além disso, a lagoa serve como berçário de espécies nativas, como a lontra e o macaco-prego. Inclusive, aves ameaçadas, como a gralha-azul, são encontradas em seu entorno.
As Trilhas da Lagoa do Peri
Para quem gosta de desvendar caminhos por dentro da mata, há três trilhas que rodeiam a Lagoa do Peri. No Caminho do Saquinho, que contorna as margens norte e noroeste, é possível apreciar de perto áreas preservadas de Mata Atlântica e até mesmo resquícios de engenhos coloniais.
O Caminho da Restinga vai da Lagoa do Peri à praia da Armação por meio de restinga, pinheiros e eucaliptos. O Caminho da Gurita é o mais longo e também o mais atrativo por causa do riacho e pequenas cachoeiras que o visitante encontra pelo caminho. Isso é um convite para um banho refrescante.
Proteção às Lontras na Lagoa do Peri

Projeto Lontras | Lagoa do Peri
Para quem gosta de vida selvagem, uma boa opção para adultos e crianças é conhecer a sede do Projeto Lontras. Esse projeto visa a recuperação e conservação da lontra neotropical (Lontra longicaudis) que vive na região.
As visitas incluem a apresentação de vídeos, discussão com um condutor para tirar dúvidas, visitas aos recintos das lontras, visita ao Centro de Visitação e Educação Ambiental – Engenho da Lontra e ao Laboratório de Pesquisa.
O Alambique do Zeca no Sertão do Peri
Nos arredores da Lagoa do Peri, na divisa entre Pântano do Sul e Ribeirão da Ilha, existe uma comunidade muito antiga chamada Sertão do Peri. Ali, ainda existe um alambique para a produção de aguardente de cana, agricultura e práticas artesanais de produção de farinha de mandioca e um antigo caminho pavimentado por escravos.
Um Pouco de História da Lagoa do Peri

Antiga Sede do Parque da Lagoa do Peri
Os primeiros grupamentos humanos que habitaram a região da Lagoa do Peri surgiram cerca de 5000 anos A.P. Esses povos primitivos deixaram marcas de sua presença através de oficinas líticas e inscrições rupestres encontradas nos costões rochosos das praias da região.
A ocupação pelos imigrantes luso-açorianos teve início no ano de 1772. Eles instalaram a “Armação e Fazenda de Santa Anna da Lagoinha” para a exploração da caça às baleias. O termo “Lagoinha” referia-se à Lagoa do Peri. Seu entorno foi utilizado para a produção agrícola que sustentava a Armação.
Nesse período, os primeiros moradores da região foram portugueses e negros escravos. Os portugueses e seus descendentes, assalariados, trabalhavam como responsáveis pela administração da Armação, como “Mestres” nas embarcações, trabalhadores livres, temporários e comerciantes. Aos negros escravos, eram destinados trabalhos pesados, como serviços braçais nas construções, manutenção das instalações e da lavoura. Eles também cuidavam da limpeza e conservação das baleias capturadas.
Caça à Baleia e a Lagoa do Peri
A caça à baleia se concentrava nos meses de junho a setembro. Durante esse período, as baleias nadavam em direção ao litoral meridional para procriar ou amamentar seus filhotes.
Com o declínio da caça às baleias, por volta da metade do século XIX, quando o querosene derivado do petróleo passou a ser explorado e utilizado como fonte para a iluminação, houve uma diminuição na ocupação humana na região.
Somente a partir das décadas de 1960 e 1970, Florianópolis passou por um grande desenvolvimento urbano e começou a receber mais moradores vindos de outras localidades. O acesso às regiões mais afastadas do centro da cidade se tornou mais fácil. Como consequência, muitos puderam conhecer os encantos naturais da Armação do Pântano do Sul. Desde então, a localidade vem crescendo expressivamente.
Características da Praia:
Extensão: 500 metros.
Largura da Faixa de Areia: Entre 3 a 50 metros.
Distância do Centro – Praça XV: 19,5 Km (40 min. em média).
Distância do Aeroporto: 17 Km (36 min. em média).