PRAIA DO MOÇAMBIQUE
A Praia do Moçambique é a maior praia selvagem da Ilha de Santa Catarina e, assim como as vizinhas, Barra da Lagoa e Santinho, é uma praia oceânica, com ondas agitadas e largas, areia clara e água com forte salinidade. O mar é aberto e de tombo (a profundidade aumenta abruptamente, após uns poucos passos em direção ao mar).
O contato com a Corrente das Malvinas torna a água muito fria. Em toda a sua extensão, não há quiosques nem ambulantes — mas tem ondas, que atraem os surfistas.
A Praia do Moçambique começa na Ponta das Aranhas, ao norte, e se estende até a Barra da Lagoa, ao sul. Do outro lado da estrada que corta a região, também dentro do parque, partem barquinhos que atravessam a Lagoa da Conceição até a Costa da Lagoa.
As dunas que ligam a Praia do Moçambique as praias do Santinho e dos Ingleses são muito frequentadas por trilheiros e por cavaleiros a passeio. É possível ir de carro até o local, por um caminho a partir do Parque do Rio Vernelho e que chega até à praia, mas nem pense em percorrer a praia ou as dunas utilizando um veículo motorizado, pois é crime ambiental.
Como nesta praia não há comércio algum de alimentos ou de bebidas, é melhor carregar tudo o que for consumir, lembrando sempre de levar de volta o lixo produzido.
Para quem gosta de pesca na beira da praia, além do molusco moçambique, tem siri pintadinho, peixes diversos e ótimas condições para a rede de tainha ou de cerco.
Por causa do ecossistema arenoso e plano, o governo do estado utilizou a área como experimento do cultivo do Pinus Elliot, transformando a área com dunas em uma reserva florestal densa.
A FREGUESIA DO RIO VERMELHO
UMA TRILHA COM MUITA HISTÓRIA PARA CONTAR
A Trilha do Moçambique – Santinho atravessa os três costões do Morro das Aranhas – Ponta das Aranhas, Ponta do Lageado e Ponta do Calhau Miúdo – para chegar ao canto sul do Santinho. No caminho, muitos aclives, declives, túneis formados por árvores e áreas com vegetação de pastagem, capoeirinha e gravatá.
Durante quase 1h de caminhada você passa por pequenos córregos, áreas para banho de mar e pontos de pesca e coleta de mariscos. Rica em registros primitivos, tanto no início do costão de Moçambique quanto nas rochas do costão do Santinho há sítios arqueológico com inscrições rupestres e oficinas líticas.
Do alto se vê o conjunto das Ilhas das Aranhas, toda extensão da Praia Moçambique e o Parque Estadual do Rio Vermelho. Para os aventureiros com bom preparo físico, quase no final do percurso é possível pegar um desvio que se conecta a trilha que leva ao topo do Morro das Aranhas, de onde pode-se ter um vista panorâmica da Praia do Santinho.
Vale explicar que, apesar da trilha chamar-se Moçambique-Santinho, a maioria dos praticantes percorre o sentido contrário, Santinho-Moçambique, já que o acesso pela Praia do Santinho é mais fácil, por ser uma região urbanizada. Para realizar a trilha a partir da Praia do Moçambique é necessário caminhar por um longo trecho da praia até ao Canto das Aranhas.
TRILHA ECOLÓGICA DO RIO VERMELHO
Imagine uma trilha ecológica com dupla função social. Essa é a Trilha Ecológica do Rio Vermelho que proporciona momentos de lazer, através do contato com a natureza e desenvolve a consciência ambiental através da reflexão sobre como o descaso com a natureza e os maus tratos aos animais podem ser danosos ao meio ambiente.
Num percurso de um quilômetro de extensão, os Monitores Ambientais da ONG R3 Animal vão explicando como aqueles animais foram parar ali e por que eles não têm mais condições de sobreviver na natureza.
Em geral, todos os animais foram vítimas de maus-tratos, posse ou tráfico ilegal ou por adquiriram deficiências físicas após se machucarem em linhas de pipa com cerol, fios de energia elétrica ou cercas de arame farpado.
São 16 viveiros, com cerca de 150 animais silvestres, onde adultos e crianças tem contato direto com a fauna e a flora da região. São mais de 35 espécies catalogadas que podem ser visitadas no local, como macacos, jabutis, aracuãs, araras e papagaios.
Visitação na Trilha Ecológica do Rio Vermelho acontece de terça a sexta, das 9h às 16h, e sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h. De terça a sexta as visitas ocorrem a cada 30 minutos, sendo dada prioridade para escolas e outros grupos previamente agendados.
Nos finais de semana, as visitas ocorrem a cada 30 minutos. O parque atende até 650 pessoas por dia a fim de minimizar o estresse dos animais.
CAMPING NO PARQUE ESTADUAL DO RIO VERMELHO
Quem curte acampar há uma boa estrutura de camping no Parque Estadual do Rio Vermelho. É bom reservar, pois na alta temporada fica bem lotado. O parque sedia a administração e um posto da Polícia Ambiental.
Localizada a cerca de 3km do Canal da Barra, a área de preservação permanente possui 1100 hectares e protege uma extensa restinga litorânea que une o Morro das Aranhas a Barra da Lagoa, formando uma diversidade de sistemas como áreas alagadas com vegetação de mangue, maciços de vegetação nativa, dunas móveis, floresta de exóticas e dunas fixas. Criado em 1962, tem uma extensa área de reflorestamento por árvores exóticas como Pinus Eliotti.
TUDO EM NOME DE UM MOLUSCO
A designação Praia do Moçambique tem origem em uma espécie de molusco chamada Marisco Branco (Mesodesma mactroides), abundante na faixa litorânea que vai do Rio Grande do Sul ao Rio de Janeiro e, principalmente, nesta praia.
O Moçambique é muito utilizado como isca na pesca e na culinária típica de muitas comunidades litorâneas, sendo também chamado de maçambique, samanguaiá, sapinhanguá, simanguaiá ou simongoiá.
Em mapas antigos sobre o litoral catarinense apresentavam esta praia com outros nomes, como Praia Comprida e depois de Praia Grande. O nome Moçambique aparece por volta de 1950 e se estende como oficial até hoje.
Características da Praia:
Extensão: 8.500 metros.
Largura da Faixa de Areia: Entre 10 a 50 metros.
Distância do Centro – Praça XV : 34 km (54 min. em média).
Distância do Aeroporto: 37 km ( 1h05 min. em média).