GRAVATÁ
A Praia do Gravatá está localizada entre as praias Mole e Joaquina. A maioria dos moradores de Florianópolis e região nunca pôs os pés nesta praia ou sequer sabe da sua existência.
Apesar de estar voltada para o oceano atlântico, sua formação, em formato de enseada, fica protegida das ondulações e marés por um costão rochoso chamado Ponta do Gravatá.
A PRAIA
A Praia do Gravatá é pequena, tem areia fina, alva e macia, do tipo que o pé afunda suavemente quando se pisa.
As águas são frias, cristalinas e com forte salinidade. O tamanho das ondas varia conforme a direção da ondulação. Quando vem do quadrante norte, as ondas ficam fortes. Por outro lado, quando surgem de quadrante leste ou sul, a praia vira uma grande piscina azul.
PARA CHEGAR NA PREIA DO GRAVATÁ TEM QUE ENCARAR A TRILHA
Para chegar a Praia do Gravatá é preciso percorrer uma trilha de 1,8 Km extensão, que inicia na Estrada Geral da Barra da Lagoa, no sentido Lagoa da Conceição–Praia Mole, onde há uma placa indicando o caminho para a rampa de Parapente. A dica para encontrar o acesso é observar a placa da empresa ParapenteSul, que fica em frente, no sentido contrário da rua.
Para identificar o inicio da trilha, observe que . Siga pelo lado esquerdo, em tom avermelhado. O lado direito, na cor de cimento natural, serve para o acesso de veículos e pertence a uma propriedade particular com cães bravos.
Os primeiros 50 m de caminhada são marcados por uma subida acentuada, no piso de concreto, mas logo se transforma em uma trilha de terra cercada por vegetação local e piso com grandes valas de erosão causadas pela água da chuva. Dependendo da época do ano é comum se deparar com cobras, geralmente da espécie coral, sendo prudente fazer o percurso usando calçados fechados.
ENTRE PARAPENTES E UM VISTA MARAVILHOSA DA PRAIA MOLE
Após 15 minutos de caminhada, chega-se a uma parte plana da trilha onde há uma rampa de parapente, de onde se tem uma vista deslumbrante das praias Mole, Galheta e da Costa da Lagoa.
Seguindo a diante, há uma pequena subida e depois inicia uma descida longa até a praia. Devido a rara manutenção, no Caminho do Gravatá há trechos com voçorocas e erosão e, dependendo da época do ano, um mato baixo que pode dificultar a visualização da trilha.
Quase chegando a praia, do lado esquerdo, há uma construção rustica que serve de abrigo aos pescadores da região. Na praia, há um Rancho de Pesca, ou seja, uma construção para abrigar embarcações e apetrechos utilizados na pesca, principalmente na época da pesca da Tainha e da Anchova.
QUE TAL UM RAPEL NA PEDRA DO URUBU
A Pedra do Urubu é uma formação rochosa no topo do morro que separa a região do Retiro da Lagoa da Praia Mole.
Para chegar até ela é necessário seguir pela trilha de acesso à Praia do Gravatá. Após passar pela entrada da rampa de parapente, siga para o sul e caminhe uns 200 m até encontrar uma bifurcação. Então, siga pela direita no caminho que sobe a encosta até encontrar a pedra. Contorne pela direita e siga até o topo.
A Pedra do Urubu é formada por três grandes blocos de granito cinza com aproximadamente 26 metros de altura. Do topo da pedra é possível ter uma vista panorâmica 360º da região, de onde se pode admirar uma vista magnífica das praias Mole, Galheta, Gravatá, Lagoa da Conceição e Dunas da Joaquina.
O rapel na Pedra do Urubu é praticado na face da rocha voltada para o oceano atlântico. A descida inicia na parede com inclinação positiva e, a partir da metade, transforma-se em negativa até chegar ao solo. Devido as características do local é recomendado a presença de um condutor de aventura experiente e equipamentos de segurança.
A PRAIA DO GRAVATÁ É O PESCOÇO DA CABEÇA DO DRAGÃO
A Cabeça do Dragão é uma formação rochosa localizada na Ponta do Gravatá, mas que só pode ser observada por quem está nas praias Mole e Galheta. Dessas praias, quando se obeserva o relevo da cadeia montanhosa é possível identificar a silhueta dum grande dragão deitado, cujo o pescoço é a Praia do Gravatá e a cabeça é a formação rochosa da Ponta do Gravatá.
O acesso à Cabeça do Dragão é feito através da Praia do Gravatá, seguindo-se pelo costão ao final da praia.
Além da vista panorâmica das praias ao redor, a principal atração da Cabeça do Dragão são as rochas alinhadas misteriosamente, de tal forma que alguns pesquisadores afirmam que elas funcionavam como um observatório astronômico primitivo, marcando equinócios e solstícios. Entretanto, não é possível afirmar se são obra de grupamentos humanos primitivos, extraterrestres ou simplesmente o resultado da erosão natural das rochas.
O CAMINHO PARA AS PRAIAS SECRETAS
Existe um caminho que leva à praias desconhecidas pela maioria dos habitantes de Florianópolis e que são chamadas de “Praias Secretas“. São praias selvagens cujo acesso é feito somente por trilhas que, no passado, eram conhecidos e percorridos apenas pelos moradores, em geral pescadores da localidade, mas que hoje viraram o paraíso dos surfistas e aventureiros.
Um dos acessos é feito através da Praia do Gravatá. Para acessa-lo, é importante ficar atento aos sinais no caminho. Quase no final da trilha para a praia do Gravatá,quando se inicia uma curva para a esquerda, em declive, há um desvio na trilha, bem discreto, que sobe a encosta do morro. Tem que ficar atento, pois, dependendo da época do ano, a vegetação encobre a trilha. Após uns dez minutos de subida se chega ao topo, onde o caminho segue pela esquerda, em meio a mata fechada.
Apesar de curta, esta é uma trilha complexa, pois há vários caminhos utilizados por pescadores da região e que levam a pontos de observação utilizados durante a pesca da tainha.
As três Praias Secretas são formadas por uma faixa com pequenos blocos de rocha rolados e trabalhados pela erosão marinha, como se fossem grandes seixos de rio. Em sua maioria são blocos de diabásio, uma rocha escura que varia entre o cinza ao negro, e são bastante lisas e escorregadias. Conforme a maré, forma-se também uma praia de areia. As Praias Secretas são muito procuradas pelos surfistas, que inclusive não gostam que elas seja divulgadas. Durante o inverno são o reduto dos pescadores, principalmente durante a safra da Taínha (Maio a Julho) e da Anchova (Agosto a Outubro). Nos meses de inverno também são muito procuradas por pinguins, leões e lobos marinhos vindos extremo sul e que encontram nelas local para descanso e alimento.
A partir da primeira Praia Secreta até a terceira praia a trilha intercala trechos bem marcados com trechos de costão rochoso e mesmo aqueles que percorrem esta trilha com frequência, precisam estar concentrados no caminho para não se perder. A partir da terceira praia, a caminhada no costão rochoso se torna bastante perigosa.
Vale ressaltar que esta é uma área remota, onde o sinal de celular é fraco e de dificil acesso e remoção. Aconselha-se a presença de um Guia de Turismo para garantir que o passeio transcorra em segurança.
OS VESTÍGIOS DA SEPARAÇÃO DOS CONTINENTES
Percorrer o litoral das praias na Ilha de Santa Catarina possibilita ao visitante mais atencioso observar vestígios do desenvolvimento do planeta e da existência humana.
Com relação ao desenvolvimento do planeta, pode-se observar os vestígios da separação dos continentes através da presença de duas rochas, o Granito e o Diabásio, que se formaram a milhões de anos no interior da terra e que durante o fenômeno da derivação dos continentes vieram a superfície através do dobramento das camadas da crosta terrestre.
OS PRIMEIROS GRUPAMENTOS HUMANOS TAMBÉM ESTIVERAM NA PRAIA DO GRAVATÁ
Já os vestígios da presença humana na Ilha de Santa Catarina, que datam de aproximadamente 5.500 anos atrás, e estão intimamente ligados aos grupamentos humanos formados por caçadores-coletores e a cultura dos sambaquis.
O termo Sambaqui é uma palavra de origem tupi-guarani, que significa “monte de conchas” e designa os sítios arqueológicos formados por depósitos de cascas de moluscos marinhos.
Alguns vestígios dessa presença humana são os sítios arqueológicos formados por oficinas líticas que podem ser vistas nas pedras escuras (diabásio) logo que se chega a praia. As oficinas líticas, também conhecidas como brunidores, são cavidades circulares nas pedras à beira mar, onde esses povos primitivos moldavam e afiavam seus instrumentos de uso cotidiano.
Por volta do século XIV, duzentos anos antes da chegada dos invasores europeus, os Carijós se estabeleceram no litoral. Esses povos eram excelentes ceramistas e já conheciam a agricultura, dominando o cultivo do milho, inhame, algodão, amendoim, pimenta, tabaco, mandioca e a produção de farinha.
POR QUE GRAVATÁ?
Desde 1876, a designação Praia do Gravatá já aparecia nos mapas da região. O Gravatá é uma espécie de bromélia (Vriesea friburgensis), nativa da região sul e endêmica do Brasil. O nome Gravatá ou Caraguatá vem do tupi-guarani e significa “erva da folha fibrosa”.
Características da Praia:
Extensão: 45 metros.
Largura da Faixa de Areia: Entre 5 a 20 metros.
Distância do Centro – Praça XV : 17 km (36 min. em média).
Distância do Aeroporto: 20 km (40 min. em média).
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