RIBEIRÃO DA ILHA
A aproximadamente 20 km do centro de Florianópolis, o Ribeirão da Ilha é uma praia bucólica e um bairro pitoresco, que mantém nos hábitos e traços culturais, herdados de portugueses, indígenas e africanos escravizados, fortes tradições ligadas a religião, agricultura e o mar.
UMA PRAIA PARA RELAXAR E APROVEITAR COM A FAMÍLIA
Na contramão das praias mais agitadas e procuradas de Florianópolis, o Ribeirão da Ilha é o aconchego perfeito para se refugiar nos dias de turbulência do verão.
Quem buscar praia no Ribeirão da Ilha vai encontrar pequenos trechos de praia com águas calmas e temperadas, com areia grossa e escura, entremeada por pedaços de conchas, e um fundo lodoso e raso.
É uma praia para aproveitar com a família. Dá pra deixar as crianças brincarem na água, despreocupadamente, enquanto contempla a calmaria e o belo visual da região.
O CENTRINHO DO RIBEIRÃO DA ILHA AINDA GUARDA O ESTILO BUCÓLICO DO PERIODO COLONIAL
Ao caminhar pelo Ribeirão da Ilha, o visitante tem a impressão de voltar ao passado, quando esta região era um antigo vilarejo formado por imigrantes portugueses vindos das Ilhas de Açores no século XVIII.
A arquitetura colonial ainda está muito presente e preservada em diversos pontos do bairro, como na praça, com a igreja no alto e na rua principal da antiga freguesia, com suas charmosas casas geminadas, muitas delas de costas para o mar.
NO RIBEIRÃO DA ILHA AS OPÇÕES DE RESTAURANTE VÃO DO REQUINTADO AO PRAIANO
FAZENDAS DE OSTRAS E MARISCOS NO RIBEIRÃO DA ILHA
Atualmente, por conta do cultivo de moluscos nas águas do Ribeirão da Ilha, o setor gastronômico se desenvolveu e se tornou mais um atrativo da região. Restaurantes de tradição familiar servem frutos do mar de boa qualidade. São frescos e os pratos fartos, fazendo do Ribeirão uma referência nacional neste tipo de gastronomia.
A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LAPA DO RIBEIRÃO
Igreja Nossa Senhora da Lapa, no Ribeirão, foi inaugurada em 1806. Segundo informações da Prefeitura de Florianópolis, a construção foi feita por senhores e seus escravos, com pedra, cal e azeite de baleia, vindo da Praia da Armação, no Sul da Ilha de Santa Catarina.
Em 1845, ela foi visitada por Dom Pedro II, que lhe concedeu donativos e presentes. A arquitetura centenária da localidade está preservada por lei municipal desde 1975.
ECOMUSEU CONTA A HISTÓRIA DOS IMIGRANTES AÇORIANOS
Um dos locais que podem ser visitados é o Ecomuseu do Ribeirão. Para representar a estrutura da colonização açoriana, o local é composto por uma propriedade rural, com uma casa, um engenho de farinha de mandioca, uma área de plantação e um quintal.
A casa existente na propriedade tem os alicerces datados de 1794 e paredes que passaram por uma reedificação. No local é possível encontrar objetos de diversos tamanhos e utilidades, todos relacionados com a história do Ribeirão.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Os registros mais antigos de ocupação humana na região do Ribeirão da Ilha foram encontrados na década de 1960 pelo padre e arqueólogo João Alfredo Rohr. Quando areia foi retirada da terra para uma construção, um esqueleto humano foi descoberto. Na mesma época, Rohr descobriu um imenso sítio arqueológico na região da Tapera, muito próxima ao Ribeirão. A área teria sido ocupada por um grupo Jê e, mais tarde, por uma população de tradição Guarani.
Os primeiros navegadores portugueses e espanhóis que aportaram na Ilha de Santa Catarina, chegaram ao Ribeirão por volta de 1516. Dez anos mais tarde, o navegador Sebastião Caboto aportou na região e, segundo alguns autores, foi ali que ele batizou a ilha em homenagem a Santa Catarina de Alexandria em 1526. Mas foi só entre 1748 e 1756 que houve a colonização efetiva da Ilha, desembarcando cerca de seis mil açorianos e madeirenses.
Alguns historiadores contam que cinquenta casais estabeleceram-se no Ribeirão da Ilha. Os principais povos que contribuíram para a colonização vieram das ilhas do Arquipélago dos Açores (Faial, das Flores, Graciosa, Santa Maria, São Jorge, São Miguel, Pico e Terceira). Depois, portugueses migrados da Península Ibérica (Braga, Coimbra, Évora, Lisboa, Guimarães, Vianna, Vizeu). Também há registros de madeirenses, canários, espanhóis, alemães e populações negras, trazidas para trabalhar nas lavouras e na pesca de baleias.
Características da Praia:
Extensão: 750 metros.
Largura da Faixa de Areia: Entre 2 a 15 metros.
Distância do Centro de Floripa: 21 Km (33 min. em média)
Distância do Aeroporto: 19 Km (30 min. em média)